Quer ir mais rápido, poupando energia e equipamento? Pedale na coroa maior

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Qual coroa e qual cog utilizar? Esta é uma questão que sempre dará muita discussão.

Eu sempre vejo o pessoal judiando da relação de marcha de suas bikes. Em oficinas sempre aparecem equipamentos com desgastes prematuros.

Quando tenho oportunidade, sempre indico o seguinte: em vez de pedalar 32×11, pedale 42×15. É melhor pois, mecanicamente, você estará forçando menos o seu sistema num todo.

Sempre procurei uma forma de provar isso ao pessoal, e agora fizeram um estudo sobre o caso. Então, agora está provado!

O estudo mecânico da coroa maior

O pessoal da Frictions Facts sugere que pedalar na coroa maior e no maior cog do cassete produz menos fricção. Sim, menos do que se pedalássemos na coroa menor e no menor cog disponível no cassete.

Os estudos mostraram que utilizar a maior coroa e o maior cog cria maior velocidade na corrente e diminui a tensão em cada um dos links individuais da mesma. Simplesmente porque a tensão da corrente é distribuída em todos os dentes do cog.

Simplificando essa informação, pode-se dizer que: grandes coroas trabalhando com grandes cogs do cassete produz menos fricção que coroas e cogs menores com o ratio equivalente.

E menos fricção quer dizer menos desgaste mecânico!

Saiba que ratio, é a relação entre uma coroa e um cog do cassete. Por exemplo: se você estiver usando uma combinação 53-15 (coroa-cog), o ratio é o mesmo que se você usar 39-11 (coroa-cog).

Mas usar o 39-11 requer 1.5W a mais para manter a mesma velocidade. Você estará mantendo a mesma velocidade usando essas duas combinações de marchas, mas estará gastando mais energia usando o 39-11.

Detalhe: e isso foi medido em um laboratório de testes com a corrente perfeitamente alinhada, não foi considerado o ângulo que a corrente trabalha montada nas bicicletas. Se somar o fato da corrente estar cruzada, terá que fazer um pouco mais de energia.

No geral, a empresa que executou o estudo diz que é melhor permanecer na maior coroa o maior tempo possível para uma melhor eficiência do sistema de relação de marchas.

Então posso usar corrente cruzada?

Poder pode, mas deve prevalecer o bom senso. E se a corrente começar a trabalhar muito cruzada, é melhor escolhermos uma marcha que manterá o ratio e que deixará a corrente mais alinhada.

A SRAM, por exemplo, diz que em seus sistemas de 22 velocidades, você pode usar todas as marchas. Use todas e do jeito que quiser. Já a Shimano, costuma dizer: você pode usar a corrente cruzada, mas se estiver fazendo algum ruído, troque de marcha.
* Veja bem: Só estou repassando informações que ouço nos cursos e seminários técnicos, e leio em manuais.

Outro exemplo simples: se você está pedando em sua road bike com a relação engatada em 53-21 e precisa de uma marcha mais leve para continuar a vencer a subida, em vez de subir mais um cog no cassete (23d), desça para a coroa menor (39d) e desça para o cog 17d.

Será a mesma coisa que 53-23. Você terá uma marcha mais leve e a corrente estará alinhada, diminuindo o desgaste e economizando $$$,$$ na hora da manutenção da sua bike.

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Mas se em todo caso você preferir manter a corrente cruzada nos extremos, estará disperdiçando 0.75w mais do que o necessário caso trocasse de coroa e cog. Vai chegar lá em cima do mesmo jeito. Mas, chegará mais cansado e com a vida útil do equipamento um pouquinho menor.

Triatletas e contra-relogistas são os que mais procuram otimizar a combinação de marchas. Para eles, cada 0.5w conta muito, faz diferença. Pode ser o que os colocará no pódio ou destruirá tudo o que planejaram para o dia da prova.

Resumindo:

Utilize a combinação de marchas correta, e seja um pouquinho mais rápido.

Jason Smith, fundador da empresa Frictions Facts também diz: pedalar na combinação de coroa maior e cog maior não é correto. Mas é melhor do que pedalar com coroa menor e o menor cog do cassete.

Todo o relatório do estudo com gráficos e análises podem ser comprado no site da empresa, neste link.

Tradução: Fabio S.
via bikeradar