Ciclista com apenas uma perna atravessa as Dolomitas, os Alpes e os Pirenéus

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A chamada Triple Crown combina três rotas em altitude, e cada uma é percorrida em uma semana, com um único dia de descanso entre elas. É um total de 2.575km com 60 subidas e um total de 60.000m de escalada.

Haettich nasceu e cresceu na Alsácia rural, no nordeste da França. Ele descreve sua infância como sendo completamente normal até um acidente devastador em dezembro de 1976, quando ele tinha 15 anos de idade. Ele estava andando de bicicleta quando foi atingido de frente por um carro que estava ultrapassando outro. Como resultado do acidente ele perdeu sua perna esquerda e seu braço esquerdo logo abaixo do cotovelo.

“Muitas coisas mudaram para mim. Não é fácil acabar inválido para a vida com 15 anos, especialmente em 1976. Eu tive que aprender a viver novamente e lidar como ser encarado. É difícil ser incapacitado nesta idade, eu fui rejeitado frequentemente. Devo admitir que em uma ocasião pensei em acabar com minha vida”, disse Christian.

Superação

Embora agora Christian Haettich tenha uma perna protética para andar, não é adequado para ciclismo.

“Eu não tinha equilíbrio e caí muito. Muitas vezes eu senti vontade de desistir. Minha esposa me ajudou muito até o dia em que consegui montar sem cair e daquele momento em diante, tudo recomeçou. Levei quase um ano para me sentir confiante, mas no final a luta valeu a pena”, diz ele.

“Minha primeira montanha estava ao lado da minha casa, não era nem uma montanha, apenas 1,8 km (1,1 milhas) de comprimento, com um inclinação média de 8%”, diz ele. “Eu estava extremamente doente, pensei que iria morrer, era tão difícil. Eu fiz isso todos os dias por 15 dias. Pedalar subindo com uma perna é difícil, é apenas empurrar e puxar, se eu esquecer um, eu caio. Posso rir disso agora, mas foi muito difícil. ”

“Minha deficiência nunca me impediu de pedalar e escalar montanhas. Isso me dá determinação e força mental. Eu não posso pedalalar de outra maneira, então eu não tenho uma escolha, “.

“Ciclismo é acima de tudo uma paixão, é liberdade. Quando vejo tudo o que fiz em uma bicicleta, só posso ficar orgulhoso. Ciclismo traz-me felicidade e um verdadeiro equilíbrio para a minha vida, que é indiscutível. Ciclismo tira a minha deficiência, que me ajuda a avançar, que me ajuda a sempre ir mais longe, para fazer o esforço extra. A bicicleta é uma fonte de inspiração. “