Publicidade
Início TESTES Teste BikeUP! // microSHIFT Sword 1×10 Gravel kit

Teste BikeUP! // microSHIFT Sword 1×10 Gravel kit

0
Publicidade

O microSHIFT Sword 1×10 Gravel Kit desembarcou no Brasil e apresenta uma solução simples, precisa e eficiente para os amantes das Gravel Bikes.

A grande dúvida dos ciclistas, seja lá qual for o nível de conhecimento sobre a marca, é: Por que a microSHIFT não lança um sistema de 12v?

Nossa! Perdi as contas de quantas vezes tive que explicar isso em todas as edições da Shimano Fest que participei no espaço da Wip Importações, representante oficial da microSHIFT no Brasil há muitos anos. Mas, vamos lá, mais uma vez.

microSHIFT Sword gravel kit completo
microSHIFT Sword gravel kit completo

// Por que um sistema de 10v e não 12v?

A microSHIFT é uma fabricante em Taiwan com sede em Taichung. O foco da marca não é competição, e talvez nunca será. Imagine uma pirâmide de ciclistas. O topo, a pontinha, ou a menor área, corresponde aos ciclistas profissionais. A base, corresponde aos ciclistas iniciantes. O meio ou a grande área entre os extremos, são os ciclistas entusiastas ou que apenas curtem ter e cuidar de suas bicicletas. Esse é o público da microSHIFT.

Este grande público já entende que não precisa de zilhões de marchas, de sistemas complexos e que exigem ajustes finos e feitos por especialistas. Querem apenas instalar o componentes em 3 minutos, quase não fazer ajuste e já sair pedalando. E atingir este público a microSHIFT tem feito com maestria desde o lançamento do Advent 1×9, anos atrás.

// O microSHIFT Sword 1×10

Indo ao que interessa, o microSHIFT Sword é um sistema 1×10 desenvolvido especialmente para Gravel Bikes. Todo o kit foi pensado para trabalhar de forma precisa mesmo que a partir de uma construção simples. Mas, atenção a isso: um sistema simples não é necessariamente feito de qualquer jeito. Muitas vezes soluções simples são muito mais eficientes do que soluções japonesas complexas.

// As alavancas do microSHIFT Sword

Há 3 (três) opções no kit Sword:

  • 1×10 (a que testei aqui), sendo a alavanca direita freio/trocador traseiro e a esquerda apenas freio.
  • 1×10 sendo a alavanca direita freio/trocador traseiro e a esquerda freio/acionador de canote retrátil.
  • 2×10 (a que montarei agora em minha bike), sendo alavanca direita freio/trocador traseiro e a esquerda, freio/trocador dianteiro.
Alavanca microSHIFT Sword 10v

Os botões de controle são posicionais atrás da alavanca de freio e o acionamento pode ser feito a partir dos dedos indicador e médio. O acesso é fácil e natural. Ao apoiar a mão na alavanca, os dedos já estão em contato com os botões. Segurar na parte de baixo do guidão drop também resulta em um acesso fácil e prático aos controles.

A leveza no acionamento das marchas se deve ao comprimento da alavanca. É fácil achar o ponto de troca no cassete e rapidamente nos acostumamos com a dinâmica do sistema.

Outro ponto interessante é o acionamento dos freios a partir das alavancas. O pivô de rotação foi reposicionado para aumentar a puxada do cabo de aço que aciona freios mecânicos. Como resultado temos menos curso na alavanca com mais potência de acionamento dos freios. Eu utilizei freio com acionamentos duplos que já tinha usado com outras alavancas de kit de estrada, e a diferença na potência é significativamente maior com o Sword.

As imagens abaixo ilustram as arquiteturas de opções:

microSHIFT Sword 1×10 gravel kit
microSHIFT Sword 2×10 gravel kit – Fonte: microshift.com

// O câmbio microSHIFT Sword

Existem 2 opções de câmbios, onde a única diferença é o comprimento do cage. Todo sistema de articulação é único e o cage muda pela questão de ser 1×10 ou 2×10. Para sistemas 1×10 é utilizado o cage médio, e para o 2×10, o cage longo.

O câmbio não possui necessidade de manutenção em seu sistema de estabilização de sistema. É só pedalar e apreciar a paisagem. Há um botão de ajuste fino com articulação orbital que elimina o problema de quebra de ponta de conduíte na entrada do câmbio.

Câmbio Traseiro microSHIFT Sword 1×10

Caso o ciclista tenha um sistema 1×10 e queira migrar para 2×10, não é necessário comprar um novo câmbio. A microSHIFT dá a opção de apenas trocar o cage que pode ser feito soltando 3 pequenos parafusos. O câmbio não precisa nem ser removido da bicicleta.

Câmbio Traseiro microSHIFT Sword Troca de Cage – Fonte: microshift.com

// Cassete Sword (microSHIFT Advent X)

O sistema 1×10 Sword utiliza o mesmo cassete do Advent X, kit destinado ao MTB.

A relação de marchas é 11-48, sendo o escalonamento 11-13-15-18-21-24-28-34-40-48. Nada de novidade aqui, já que o microSHIFT Advent X já está no mercado há alguns anos fazendo a alegria de quem utiliza.

Neste link você pode saber mais sobre o cassete.

// Pedivela microSHIFT Sword

A pedivela do kit 1×10 é o mesmo do kit 2×10. A peça que recebi veio com coroa 40 dentes e os parafusos instalados na posição da coroa menor. Basta colocar uma menor e estará pronta para sistema 2×10. Existem 2 modelos de pedivela Sword: um para quadros gravel com chainline de bikes de estrada, outro para quadros gravel com chainline de MTB.

Pedivela microSHIFT Sword

Os kit microSHIFT Sword que vieram para o Brasil não contam com a pedivela. A Wip informou que é uma peça cara e que deixaria o preço final do kit muito alto para os padrões do Brasil. E como há muitas opções de pedivela no mercado, o ciclista poderá decidir qual montará com seu kit Sword.

// Minha opinião final sobre o microSHIFT Sword

A microSHIFT tem feito um ótimo trabalho ao nível mundial, na minha opinião. Com seu escritório principal em Taiwan e outro nos Estados Unidos (que também controla a distribuição na Europa), vem conquistando cada vez mais o mercado e o nicho escolhido.

As tecnologias desenvolvidas pela microSHIFT são patenteadas, o que indica um trabalho sério de engenharia e desenvolvimento.

O kit Sword é honesto, eficiente e prático. Tecnicamente é simples e entrega o que deve ser entregue: uma pedalada prazerosa. A instalação e o ajuste são facílimos, e este ponto é importante para o ciclista que gosta de cuidar de suas bicicletas em casa e com poucas ferramentas.

Ok, mas vale a pena? Sim, vale muito. É um sistema confiável e seguro. Na primeira pedalada é impossível não pensar: Hummm… É bem interessante, já gostei.

Ok, mas, não vai ter mesmo um kit de 12v?

Minha resposta padrão sobre isso, já dito centenas de vezes: Acredito que sim, mas não tenho ideia de quando. Antes disso, pelo histórico da empresa, acredito que entregarão um sistema 11v em breve. Talvez uma atualização da linha Advent, sendo 1×11 e cassete 11-51 ou 11-52. Há margem para um ótimo escalonamento neste sistema. E já que o foco é simplicidade e custo, daqui a um tempo sistema 11v terão o mesmo preço de um de 10v.

Entendeu a jogada? 😉

Fabio S.

 

Publicidade

Sair da versão mobile