O pessoal da Global Mountain Bike Network publicou um video mostrando os prós e contras dos sistemas 1X (dizemos one by) e 2X (two by).
Basicamente é assim:
// Sistema 1X
Prós: simplicidade, só há um trocador para se preocupar. O lado esquerdo do guidão fica livre e pode receber outros controles, como o gatilho do canote hidráulico, por exemplo. Há o alívio de algumas gramas, pois trocador de marchas e câmbio dianteiro estão ausentes. Para os fabricantes de quadros, é uma boa não ter câmbio dianteiro, pois é uma coisa a menos para se preocuparem. Este sistema te faz forte em subidas, se acabou as marchas, o jeito é ir na raça.
Contras: Você SEMPRE sentirá falta de marchas mais leves e/ou mais pesadas. Não adianta falar que não, quem usa passa por apuros vez ou outra, e isso não é nada legal. Outro detalhe nada interessante é que as trocas de marchas não são suaves e a cadência é sempre prejudicada. O “gap” entre as marchas é sempre grande, então sua cadência sempre sofrerá trancos nas trocas. Se você quer trabalhar sua cadência ideal, o que é algo muitíssimo importante, encontrará alguma dificuldade.
// Sistema 2X
Prós: Usando-se montagens originais 2X, você tem a relação de marchas com trocas suaves e calculadas para serem o mais eficiente possível. Sua cadência não sofre trancos ou mudanças bruscas, o conforto é enorme. E em uma longa subida a cadência pode ser ajustada facilmente. Não falta macha leve, nem pesada. Precisa daquela marcha mais levinha para te salvar naquela “parede”? A marcha está lá. Precisa de uma mais pesada para não sair de giro numa longa descida? Tem também.
Contras: É preciso gerenciar um trocador de marchas na mão esquerda, e em sistemas de três coroas, até verificar se a corrente não está cruzada (o que aumenta o desgaste dos componentes da relação de marchas). Há algumas gramas a mais para se levar na bike, mas nada que 2 ou 3 dias se alimentando corretamente você não elimina da sua barriguinha o dobro do peso do trocador + câmbio dianteiro + coroas.
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Esta matéria de 2015 pode te ajudar a decidir que sistema usará: Relação 1X10, usar ou não? A matemática ajuda a decidir. |
// Conclusão
1X foi desenvolvido para XCO, que são provas em circuito fechado. Então o piloto reconhece o circuito e decide que coroas usar. Ok, há vários usando Eagle no mundial de XCM (maratona), e até mesmo no Brasil Ride. E o que aconteceu? Empurraram na subida, ou “sairam de giro” nas longas e rápidas descidas.
2X abrange todo o leque de opções de marchas que você precisa para qualquer pedalada. Apenas pegue a bike e vá curtir. Nunca estará em apuros. Seu pedal é sempre em circuito fechado ou cada dia encara trechos novos e/ou diversificados? Então, nada como sair pro pedal com um arsenal de marchas sobrando para encarar qualquer parede.
// Lembrem-se:
A maioria dos ciclistas/pilotos são recreativos, mas veêm no 1X a solução para todos os problemas. E não me venha dar exemplos pegando Schurter ou Absalon. 😀
Na última montagem da minha querida 27.5″, optei por dar um passo atrás e voltar ao sistema 2×10. Estou realmente feliz, tenho marchas para qualquer situação, com 11-36 e 36×22. Experimentei de tudo: 11-42, 9×42, 11-46, 11-48, e nunca foi perfeito. E antes que alguém fale do 10-50 ou 11-50, pela matemática a diferença é mínima e não seria tão diferente do que 11-48. Não resolveria os problemas do 1X.
E para você, qual a melhor relação de marchas? Comente! 😉