Muitas questões envolvem o assunto de treinamento de força para maximizar nosso potencial em cima da bicicleta. Muitas das respostas destas questões são dispersas ou confusas.
Uma das questões que sempre voltam à tona é:
// Treinar força em academia melhora o desempenho na bicicleta?
Anthony Walsh (treinador chefe) e Aaron Buggle (especialista em treinamento) na A1 Coaching, tentam desmembrar as dúvidas.
Segundos eles, treinar força pode sim melhorar seu desempenho, desde que combinado com o treinamento de resistência. E é muito importante saber a diferença de ambos (força e resistência).
Em outras palavras, se você apenas tem um treinamento de força em sua agenda mas não sabe combiná-lo com resistência, você não estará otimizando o seu pleno potencial.
Para que treinos de força comecem a fazer parte da sua preparação num todo, os treinos devem ser de 2 vezes por semana. Esta é a recomendação de Walsh e Buggle.
Os treinamentos de força devem ser inseridos na agenda sem que tenha alguma dúvida se realmente será benéfico.
// “Eu tentei isso antes e não funcionou!”
Pesquisas recentes mostram que a velha fórmula “mais repetições, menos peso” não funciona como deveria. E é assim que tem sido recomendado por anos.
Muitos ciclistas dizem: “Não tenho tempo para treinar em academia. Farei o treino de força na própria bicicleta.”
Segundos os treinadores, é muito mais eficiente você ir para a academia e fazer os treinos de força isoladamente.
Se você treinar força em uma academia, as adaptações e evoluções virão mais rápido. Tendo isso como pensamento, então concluímos que treinar em academia lhe poupará tempo. E esse tempo em questão é a longo prazo.
// Como levantar peso melhora minha resistência?
Levantar peso para melhorar resistência. Parece meio contraditório, não?
Desempenho na maior parte quando o assunto é ciclismo, é determinado pelo esforço máximo sustentado por um tempo ou uma certa distância. E esse fator de sustentar o esforço pode ser denominado como economia de energia.
Economia de energia é uma evolução de vários mecanismo fisiológicos diferentes.
// Agora, a pouco de ciência…
Todos nós possuímos fibras musulares tipo I, tipo IIA, IIB e IIX, os quais exibem funções muito distintas.
Ciclistas são atletas de resistência, que dependem fortemente de nossas fibras musculares de contração lenta altamente resistentes à fadiga, que também são conhecidas como fibras oxidativas.
A pesquisa mostram que a adição do componente força ao seu treinamento de resistência fará com que essas fibras fiquem fortes e mais resistentes à fadiga.
Isso significa que você pode guardar suas fibras de contração rápida para mais tarde durante uma corrida.
Pesquisas também constataram um aumento da fibra tipo IIA (fibras de contrações rápidas) em relação as tipo IIX. E adaptação é muito importante para a melhoria de perfomance.
// E a minha corrida?
Como resultado do treinamento de força, você será capaz de utilizar seu músculo de forma mais eficiente.
Com o treinamento de força, você também pode enviar o sinal neurológico para que as fibras se contraiam mais rápido. E isso é uma ótima para a sua corrida.
Lembre-se dos tipos de fibras musculares. Quando você estiver em uma prova, há uma ordem na qual estas fibras trabalham, de contração lenta a contração rápida.
Quando chega a hora de um sprint, através de um corrento treinamento de força você terá disponível fibra do tipo II que responderá rapidamente às suas ordens neurológicas.
E isto significa que você conseguirá produzir força mais rápido. Esta ação resultará em um sprint mais rápido, pois você atinge sua potência máxima mais rapidamente.