Câmbio eletrônico ou mecânico? Facilidade ou Arte? Qual sua opinião?

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As vantagens de um sistema eletrônico de mudanças de marchas como o Di2 da Shimano, eTap da SRAM e o EPS da Campagnolo, resultam em mudanças mais precisas e rápidas.

Fatores como menor desgaste da corrente e a facilidade de ter botões em diversas partes do guidão fazem tudo parecer uma maravilha. Mas, será que estas facilidades eletrônicas realmente beneficia todos nós?

Ben Hillsdon, releações públicas da Shimano, pensa assim: “O processo de troca de marchas feito por um sistema eletrônico é inigualável. Por outro lado, sua manutenção é mínima. A Tecnologia Di2 no grupo Ultegra, faz a tecnologia chegar aos ciclistas desportivos, além dos profissionais.”

Hillsdon também diz: “Você só precisa lembra de carregar a bateria. Caso se envolva em um acidente ou queda, precisará apenas ajustar as trocas de marchas como também faria em um sistema mecânico.”

Um dos principais benefícios dos grupos eletrônicos é a não perda de desempenho (ajuste/regulagem) ao longo do tempo.

Luke Rowe da Team Sky tem sua própria opinião: “Se suas mãos estão vibrando fica difícil de mudar as marchas com uma alavanca mecânica, porque você não consegue sentir e se envolver com o sistema. Quando você está competindo em uma subida e precisa de uma outra marcha, você sabe que a troca será precisa e o sistema não saltará as marchas.”

sir-bradley-wigginsMas, todos nós lembramos quando Sir Bradley Wiggins jogou sua bicicleta para um canto durante o Giro del Trentino. Muito bravo, aparentemente com falha no sistema eletrônico de sua bicicleta. É assim que os sistemas eletrônicos são realmente confiáveis?

Então, ainda há lugar para sistemas mecânicos?

cambio-dura-aceHillsdon diz: “Pedalar com sistemas mecânicos é uma arte. Você precisa saber trocar as marchas para ele trabalhar corretamente. São para aqueles que sabem e gostam de cuidar de sua própria bicicleta. Podem também solucionar problemas no sistema no meio da estrada ou durante o treinamento.

Lee McKay, gerente de oficina da Rutland Cycling, diz: “Você pode se dar ao luxo de usar sistemas eletrônicos, e poucas coisas darão errado com a sua bicicleta. Mas se você tem interesse em mecânica de bicicletas e quer aprender os segredos de um bom mecânico, o sistema eletrônico podem não ser para você.”

Sobre a questão dos preços entre os sistemas eletrônicos e mecânicos, ainda é grande. Mas com o tempo essa diferença diminuirá bastante.

Luke Rowe – piloto da Team Sky

luke-rowe-team-sky“Não há mais ninguém da equipe Sky que ainda use sistemas mecânicos. E por mim, eu nunca mais voltarei à eles. Depois de um tempo usando um grupo eletrônico, agora só lembro o quanto ruim era o sistema mecânico.”

Lee McKay – gerente de Oficina, Rutland Ciclismo

“Gosto dos sistemas mecânicos, simplesmente porque a bicicleta é uma coisa mecânica, e sou louco por mecânica. Pressionar um botão eletrônico não é tudo no ciclismo. Muita gente quer executar as mudanças de marchas por elas mesmas. Eu gosto de saber o que fiz para tudo funcionar corretamente e minha bicicleta fluir. Eu é que faço a diferença na bicicleta.”